A Ponte será a maior da América Latina com 12,4 quilômetros de extensão sobre lâmina d'água. Além dela, serão construídos novos acessos viários em Salvador e Vera Cruz. Na capital, serão 4 km de uma nova estrutura entre a região da Calçada e Água de Meninos composta por um conjunto de viadutos e dois novos túneis que ficarão paralelos aos da Via Expressa. Já em Vera Cruz, o fluxo de veículos vindos da ponte será direcionado para uma nova via expressa com 22 km que será construída na região de Mar Grande e segue até as proximidades de Cacha Pregos. Por fim, será duplicado um trecho de 8 km da BA-001 desde Cacha Pregos até o início da Ponte do Funil, onde finaliza a área de atuação da Concessionária.
A construção foi dividida em três etapas: trecho de aproximação na Ilha de Itaparica, com 4.6 km, trecho de aproximação em Salvador, com 6.9 km de extensão, e trecho estaiado, com 0.9 km de comprimento e 85 m acima do nível do mar. Vai permitir a navegabilidade de navios transatlânticos, petroleiros, ferry-boat e plataformas. O empreendimento contará com pistas em ambos os sentidos, cada uma delas com duas faixas, e uma terceira faixa que, inicialmente, funcionará como acostamento.
São dois grandes grupos chineses que estão entre os maiores do mundo no segmento de construção e infraestrutura. São eles: China Railway 20th Bureau Group Corporation (CRCC20) e China Communications Construction Company (CCCC).
A concessionária venceu o leilão realizado pelo Governo da Bahia em dezembro de 2019. Em novembro de 2020, a concessionária assinou contrato com o Governo e desde então iniciaram-se os serviços.
Em março de 2025, após 12 meses de trabalho, foi finalizada a etapa de sondagem na Baía de Todos os Santos com um investimento de R$ 200 milhões. Essa fase consiste na investigação e confirmação da geologia do terreno para definir a fundação da Ponte.
A mobilização do canteiro de obras acontecerá até o final de 2025, após a emissão da licença ambiental pelo Inema e aprovações de órgãos públicos federais, estaduais e municipais.
A construção desse empreendimento é um processo de alta complexidade e, para iniciar as obras fisicamente, diversos tipos de estudos e serviços precisam ser realizados. A maioria deles já foi concluído como, por exemplo, a batimetria, a geofísica, avaliação dos impactos ao patrimônio material e imaterial, estudos de tráfego, pesquisa arqueológica, mapeamento dos povos de comunidades tradicionais que vivem na Ilha de Itaparica, entre outros.
Serão geradas, aproximadamente, sete mil vagas de emprego durante a obra.
Não. Serão beneficiados pela obra 250 municípios e cerca de 10 milhões de baianos. Além disso, com a construção da ponte e acessos envolvendo Salvador e Ilha de Itaparica, será possível criar uma ligação mais curta e rápida entre a capital e as rodovias BR-101, BR-116 e BR-242, facilitando o deslocamento para outras regiões da Bahia e outros estados. Também com o projeto, a distância de Salvador para a Ilha de Itaparica será encurtada em cerca de 250 km e mais de 40% do tempo de viagem será reduzido.
Sim. Além de ser um importante equipamento de mobilidade, a Ponte Salvador-Itaparica - que será erguida sobre a segunda maior do mundo - também foi pensada como um novo símbolo turístico da Bahia. Por isso, contará com um projeto de iluminação cênica que permitirá iluminar toda a sua extensão com diferentes cores, em datas comemorativas e ocasiões especiais. A proposta é transformar a ponte em um cartão-postal capaz de projetar, para o mundo, a imagem vibrante e diversa do estado.
São duas praças de pedágio: uma localizada na região de Mar Grande e outra perto da Ponte do Funil, ambas em Vera Cruz. A primeira custará R$ 45 e a segunda R$ 5. Caso o usuário do veículo saia de Salvador em direção à Ilha (e vice-versa) e retorne dentro de 24h, a tarifa de retorno será apenas R$ 5, a ser paga no pedágio de Mar Grande. Esses valores foram estabelecidos considerando a data-base de janeiro/2019 e serão atualizados conforme IPCA. Os valores também foram definidos em contrato assinado com o Governo do Estado, não cabendo à Concessionária qualquer alteração de valor.
São cinco anos para projeto, licenciamento e construção e 29 anos de concessão após a implantação do empreendimento, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com o Governo do Estado.
As desapropriações acontecerão ao longo do período de construção. O projeto que prevê desapropriação e reassentamento está em fase de revisão para definir a quantidade exata de desapropriações por município. O prazo para os imóveis serem desocupados normalmente é delimitado a partir de um acordo feito entre as duas partes, Concessionária e expropriado. O modelo de reassentamento adotado pelo empreendimento considera a livre escolha da família, seja pelo reassentamento, quer seja pela indenização pela propriedade expropriada. Caso a família decida ser reassentada, são considerados, dentre outros, os critérios de localidade, acesso a transporte público, energia elétrica, saneamento básico, saúde pública e educação pública, de modo a minimizar os impactos e permitir uma moradia em condições equânimes ou melhores àquela expropriada.
Todas as famílias serão devidamente assistidas durante todo o processo de desapropriação. Neste sentido, a Concessionária dispõe de equipe própria e terceirizada com ampla expertise no âmbito social, jurídico e de engenharia de avaliação, que desenvolverão os trabalhos de forma a mitigar todos os possíveis impactos.