O projeto do Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Ilha de Itaparica tem investimento de R$ 7.6 bilhões, conforme estabelecido no Plano de Negócios em 2019. A obra começou nos primeiros meses de 2024 com a sondagem na Baía de Todos-os-Santos para definição da profundidade dos pilares da ponte. A construção tem duração de quatro anos a partir da montagem do canteiro de obras que está previsto para 2025.
Estão previstos, além da construção da ponte, novos sistemas viários na capital baiana e no município de Vera Cruz. Em Salvador serão 4 km de novos acessos, entre os bairros da Calçada e Água de Meninos, incluindo túneis e viadutos. Já em Vera Cruz serão criados cerca de 30 km de acessos viários, facilitando o acesso e transporte até outras regiões. Haverá ainda duplicação de um trecho de 8 km da BA-001 já existente. Já a ponte Salvador – Ilha de Itaparica terá 12,4 km de extensão sobre lâmina d’água e será a maior da América Latina.
São dois grandes grupos chineses que estão entre os maiores do mundo no segmento de construção e infraestrutura. São eles: China Railway 20th Bureau Group Corporation (CRCC20) e China Communications Construction Company (CCCC).
A construção desse empreendimento é um processo de alta complexidade e, para iniciar as obras fisicamente, diversos tipos de estudos e serviços precisam ser realizados. A maioria deles já foi concluído como, por exemplo, a batimetria, a geofísica, avaliação dos impactos ao patrimônio material e imaterial, estudos de tráfego, pesquisa arqueológica, mapeamento dos povos de comunidades tradicionais que vivem na Ilha de Itaparica, entre outros. Em janeiro de 2024 começou a sondagem na Baía de Todos os Santos, que segue até o início de 2025, um investimento de R$ 160 milhões. Após a conclusão desses serviços, emissão da licença ambiental de instalação e aprovações de todos os órgãos envolvidos, o canteiro de obras será instalado.
Um equipamento grandioso como este, localizado em cima da segunda maior baía do mundo, não poderia deixar de contribuir como atrativo turístico. Pensando nisso, um projeto de iluminação cênica para a ponte foi elaborado de forma a iluminar toda a estrutura com cores variadas que podem ser aplicadas em datas comemorativas e situações específicas. A proposta é a ponte seja não apenas um equipamento de mobilidade, mas sim um cartão postal que leve a imagem da Bahia para todo o mundo.
São duas praças de pedágio, uma localizada na região de Mar Grande e outra perto da Ponte do Funil, ambas em Vera Cruz. A primeira custará R$ 45 e a segunda R$ 5. Caso o usuário do veículo saia de Salvador em direção à Ilha (e vice-versa) e retorne dentro de 24h, a tarifa de retorno será apenas R$ 5, a ser paga no pedágio de Mar Grande. Esses valores foram estabelecidos considerando a data- base de janeiro/2019 e serão atualizados conforme IPCA. Os valores também foram definidos em contrato assinado com o Governo do Estado, não cabendo à Concessionária qualquer alteração de valor.
A concessionária venceu o leilão realizado pelo Governo da Bahia em dezembro de 2019. Em novembro de 2020, a concessionária assinou contrato com o Governo e desde então iniciaram-se os serviços.
Serão geradas, aproximadamente, sete mil vagas de emprego durante a obra.
Não. Serão beneficiados pela obra 250 municípios e cerca de 10 milhões de baianos. Além disso, com a construção da ponte e acessos envolvendo Salvador e Ilha de Itaparica, será possível criar uma ligação mais curta e rápida entre a capital e as rodovias BR-101, BR-116 e BR-242, facilitando o deslocamento para outras regiões da Bahia e outros estados. Também com o projeto, a distância de Salvador para a Ilha de Itaparica será encurtada em cerca de 250 km e mais de 40% do tempo de viagem será reduzido.
São cinco anos para projeto, licenciamento e construção e 30 anos de concessão após a implantação do empreendimento, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com o Governo do Estado.
A construção foi dividida em três etapas: trecho de aproximação na Ilha de Itaparica, com 4.6 km, trecho de aproximação em Salvador, com 6.9 km de extensão, e trecho estaiado, com 0.9 km de comprimento e 85 m acima do nível do mar. Vai permitir a navegabilidade de navios transatlânticos, petroleiros, ferry-boat e plataformas. O empreendimento contará com pistas em ambos os sentidos, cada uma delas com duas faixas, e uma terceira faixa que, inicialmente, funcionará como acostamento.
As atividades em campo começaram nos primeiros meses de 2024 com a sondagem na Baía de Todos os Santos. Um investimento de cerca de R$ 160 milhões que consiste na investigação e confirmação da geologia do terreno para definição da profundidade dos pilares da ponte. A montagem do canteiro de obras será iniciada em 2025, após a emissão da licença ambiental pelo Inema e aprovações de órgãos públicos federais, estaduais e municipais.
As desapropriações acontecerão ao longo do período de construção. O projeto que prevê desapropriação e reassentamento está em fase de revisão para definir a quantidade exata de desapropriações por município. O prazo para os imóveis serem desocupados normalmente é delimitado a partir de um acordo feito entre as duas partes, Concessionária e expropriado. O modelo de reassentamento adotado pelo empreendimento considera a livre escolha da família, seja pelo reassentamento, quer seja pela indenização pela propriedade expropriada. Caso a família decida ser reassentada, são considerados, dentre outros, os critérios de localidade, acesso a transporte público, energia elétrica, saneamento básico, saúde pública e educação pública, de modo a minimizar os impactos e permitir uma moradia em condições equânimes ou melhores àquela expropriada.
Todas as famílias serão devidamente assistidas durante todo o processo de desapropriação. Neste sentido, a Concessionária dispõe de equipe própria e terceirizada com ampla expertise no âmbito social, jurídico e de engenharia de avaliação, que desenvolverão os trabalhos de forma a mitigar todos os possíveis impactos.