O projeto é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo da Bahia e um consórcio chinês formado por dois grandes grupos que estão entre os maiores do mundo no segmento de construção e infraestrutura. São eles: China Railway 20th Bureau Group Corporation (CR20) e China Communications Construction Company (CCCC).

A construção tem duração de quatro anos a partir da montagem do canteiro de obras que está prevista para 2025.

O contrato assinado em novembro de 2020 estabelece uma concessão de 35 anos para construção, operação e manutenção do equipamento.

O Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Itaparica será um novo vetor de distribuição de renda e vai impulsionar a economia de toda a Bahia, beneficiando mais de 10 milhões de baianos e 250 municípios, direta ou indiretamente. Reforçando seu potencial como vetor de distribuição de renda, o empreendimento vai gerar mais de sete mil empregos, diretos e indiretos. O objetivo da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica, ao lado do Governo do Bahia, é ampliar a mobilidade de pessoas e transportes de bens e serviços, com foco no respeito às comunidades, à sociedade e ao meio ambiente.

A maior conexão entre os municípios e a melhor distribuição do PIB contribuirão para reduzir desigualdades, movimentando a economia e os recursos das regiões com a consequente melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Portanto, a construção da Ponte implicará no desenvolvimento de áreas estratégicas para a melhoria da qualidade de vida da população baiana, como empregos, saúde, educação, mobilidade urbana e telecomunicações. Esse grande investimento vai fomentar o desenvolvimento econômico a partir da atração de novos empreendimentos para o estado, em áreas como logística, indústria, comércio, serviços e mercado imobiliário.

O novo sistema também impulsionará de maneira sustentável o turismo na Bahia já que reduzirá a distância entre Salvador e importantes zonas turísticas do estado, como o Sul e Baixo Sul, melhorando o acesso a regiões como Ilhéus, Itacaré, Porto Seguro, Caraíva e Trancoso. A distância de Salvador para as praias da Ilha de Itaparica será encurtada em cerca de 250 km e mais de 40% do tempo de viagem será reduzido.

Em novembro/2024, mais de 46 % dos serviços de sondagem já havia sido concluído.

A etapa de sondagem envolve a obtenção de amostras do fundo do mar em 102 pontos onde serão construídos os pilares da Ponte Salvador-Itaparica. Em seguida, o material coletado passa por uma análise para a preparação de relatórios minuciosos com dados sobre as características do solo.

São executadas em laboratórios especializados em ensaios de amostras de solo e rocha, dotados de equipamentos de alta tecnologia que vieram da China exclusivamente para essa atividade. No caso do solo coletado no fundo da Baía de Todos-os-Santos, são feitas análises de granulometria, umidade, limite de liquidez, limite de plasticidade e compressão. Já nas amostras de rocha, são analisados aspectos como carga pontual, umidade, peso volumétrico, compressão e tração, por exemplo. Os laboratórios estão localizados no canteiro de apoio à sondagem, no bairro da Calçada, em Salvador.

Ao mesmo tempo em que três balsas, sendo duas delas de grande porte (75 metros de comprimento e área de convés de, aproximadamente, dois mil metros quadrados), estão em águas profundas, está em andamento também a sondagem em águas rasas, até 10 metros de profundidade, com uso de uma plataforma estilo Jackup. Elas fazem parte de uma força-tarefa que está coletando amostras do fundo do mar em 102 pontos da Baía, onde serão erguidos os pilares da Ponte Salvador-Itaparica. A sondagem foi iniciada com as operações terrestres em janeiro de 2024, em Vera Cruz.

Até o momento, 17 empresas baianas foram contratadas e 300 empregos diretos e indiretos já foram gerados somente em função da sondagem, que representa um investimento de R$ 160 milhões.

Está em funcionamento na Avenida Engenheiro Oscar Pontes, na região da Calçada, em Salvador, o canteiro de apoio à sondagem. O local à beira-mar conta com mais de 20 módulos que abrigam laboratórios de análise dos materiais coletados no mar, armazenamento de equipamentos técnicos, refeitório e escritórios administrativos onde trabalham 50 pessoas.

As perfuratrizes das balsas em águas profundas possuem uma tecnologia chamada de 'Sistema de Compensação de Ondas'. Esse sistema é fundamental para garantir a excelência dos resultados durante a coleta do material. O sistema de compensação usa sensores e mecanismos hidráulicos para ajustar ativamente a posição da perfuratriz em resposta aos fatores externos. Isso é fundamental já que os movimentos da balsa não podem interferir na coleta do solo marinho.

O Sistema de Identificação Automática garante a segurança e a comunicação entre embarcações e balsas. Utilizado no tráfego marítimo, ele identifica e localiza embarcações por meio da troca eletrônica de dados com outras embarcações próximas e estações-base. Ele é capaz de fornecer informações como posição, velocidade, direção e outros detalhes de navegação, atualizados constantemente.

Sim, as embarcações utilizadas na sondagem também estão devidamente sinalizadas com luzes para indicar a sua área de atuação. Com o objetivo de orientar a comunidade marítima local, a Marinha emite avisos aos navegantes antes da movimentação das embarcações e dos equipamentos envolvidos na sondagem.

Seguindo as diretrizes e normas estabelecidas para garantir a sustentabilidade do projeto, o empreendimento está em conformidade com as exigências do processo de licenciamento ambiental, Portaria 24.319/2021 prorrogada pela Portaria Inema nº 28.021/2023 e nova Autorização Ambiental, Portaria 31.989/2024 de 08 de outubro de 2024, válida pelo prazo de dois anos.

Sim, um Inventário Florestal, em Vera Cruz (BA), já catalogou 72 mil plantas em uma área de 126 hectares.

Todo o projeto foi planejado para que não houvesse interferência nos grandes ativos ambientais da Baía de Todos os Santos, tanto na área em terra como no mar. Entre os exemplos de compromissos ambientais assumidos estão: a manutenção da vegetação nativa da Ilha de Itaparica; preservação de parques e manguezais; o monitoramento da atividade pesqueira; resgate e monitoramento da flora; e gerenciamento de efluentes e resíduos.

Sim, a Ponte Salvador-Itaparica contribuirá com a redução da emissão de carbono: em média, 100 quilômetros de estrada serão economizados em circulação de veículos nas estradas baianas e mais de 40% do tempo de viagem será reduzido já que não será mais necessário realizar o contorno pela BR-101.

A Concessionária está comprometida com a implementação de mais de 50 programas educacionais e socioambientais, executando uma agenda baseada nos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança). Por isso, estão previstas atividades que envolvem a capacitação de mão de obra local e incentivo ao empreendedorismo, por exemplo. Na região de Vera Cruz, o mapeamento étnico e territorial de comunidades tradicionais quilombolas já foi concluído. Ao lado do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), os representantes da Concessionária e das comunidades de Tereré e Maragojipinho desenvolveram o Plano Básico Ambiental Quilombola (PBAQ).

O plano institui os programas socioambientais que serão desenvolvidos pelo Consórcio Ponte Salvador-Itaparica nos quilombos. Além disso, o PBAQ garante o pontapé para a proteção jurídica das áreas onde as comunidades estão assentadas. Os programas serão desenvolvidos em diversas áreas, como educação socioambiental, cultura e turismo comunitário.

Dúvidas e sugestões podem ser direcionadas ao e-mail da Ouvidoria da Concessionária: [email protected]. O envio de currículo pode ser feito no seguinte endereço https://pontesalvadoritaparica.gupy.io/

A Concessionária contratou o Consórcio Sondagem Ponte Salvador Ilha de Itaparica S.A., formada pelas empresas Concremat e SHEC Brasil Company, com a finalidade de executar as atividades nos municípios de Salvador e Vera Cruz. A previsão é que os trabalhos de sondagem na Baía de Todos-os-Santos sejam finalizados até o início de 2025.